Mãe ainda embalando o seu bebê é encontrada após quase cinco mil anos

A arqueologia é um espelho mágico que nos dá um vislumbre daquilo que aconteceu há muitos e muitos anos. Entre naufrágios, tesouros antigos e construções misteriosas, há muita história esperando para ser desvendada.

Uma escavação iniciada em 2014 em Taiwan é um ótimo exemplo de como esta área da ciência pode nos levar ao desconhecido. Em 2016 a escavação revelou 48 esqueletos humanos, dentre eles, uma mãe ainda embalando o seu bebê.

No local também foram encontrados uma grande variedade de objetos, de vasos de cerâmica a dentes de tubarões. Apesar de todas as descobertas serem incríveis, os restos mortais da mãe e do bebê foram o que mais chamaram a atenção dos arqueólogos.

Uma mãe ainda embalando o seu bebê
Um exemplo de cerâmica com fio. (Einsamer Schütze / CC BY SA 3.0 ) A cultura taiwanesa de Dabenkeng (à qual os especialistas acreditam que a mãe e o bebê pertenciam) apresentava cerâmica com adornos e adornos de pedra.

“A jovem mãe segurando o bebê nos surpreendeu mais”, disse a líder da equipe Chu Whei-Lee, na época, ao National Geographic. “Acho que eles foram enterrados sob a casa por seus entes queridos”, acrescentou ela.

Mãe ainda embalando o seu bebê
Um pesquisador limpa os restos mortais da mãe e bebê na cidade de Taichung, Taiwan, em 26 de Abril de 2016, nesta imagem parada tirada do vídeo. (Imagem: REUTERS / via Reuters)

Uma mãe ainda embalando o seu bebê por 4800 anos

Até hoje os pesquisadores não puderam identificar como morreram a mãe e a criança, mas a datação por carbono mostrou que eles estão enterrado nesta posição comovente há pelo menos 4800 anos.

A mulher mede 1,60 e a criança de cerca de seis meses tem 60 centímetros. Eles foram enterrados perto de uma casa de pedra, em um túmulo compartilhado. O bebê foi disposto nos braços da mãe, que teve o rosto direcionado para face de seu filho, para que ela o embalasse amorosamente para sempre.

Mãe ainda embalando o seu bebê
Uma foto do túmulo compartilhado que mostra a imagem da mãe segurando o seu bebê. (Créditos: Museu Nacional de Ciências Naturais)

Os corpos foram enterrados em um típico alinhamento norte-sul. Entretanto, eles estavam deitados de costas (em vez de ficarem de bruços como os outros túmulos no local). Isso é algo muito raro, principalmente em um enterro da idade da pedra.

Uma cultura de pescadores

Os pesquisadores acreditam que antigamente An-ho foi uma cidade costeira. Isso porque foram encontrados mais de 200 dentes de tubarão entre as moradias, as cinzas e os túmulos do local. Isso sugere que o mar era importante para as pessoas que ali habitavam.

Essa descoberta vai ajudar os arqueólogos a descobrirem não apenas como esta antiga civilização viveu, mas também como eles lidaram com a morte. A ciência está perdendo a batalha contra a desinformação e o obscurantismo. O jornalismo e a divulgação científica independentes dependem de você. 

Fonte >Sociedade Científica

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